quinta-feira, 12 de julho de 2012

Nós a Sociadade




Na maioria das vezes em que inicio, participo ou assisto uma discussão sobre a sociedade algo me incomoda profundamente.
E são várias as questões que me incomodam: o que é ético e o que está dentro da lei? As desigualdades que proporcionamos e produzimos e a vontade de ajudar os menos favorecidos. As pessoas reduzidas a números e a quantos números mais ela pode gerar.
O que traz esperança é que não sou o único a sentir o gosto amargo disso tudo, sou apenas um dos muitos que estão cada vez mais enjoados e enojados de ver tanta falta de respeito, tanta hipocrisia e tanto medo de fazer o certo.
Não sou exemplo nem tampouco o cara que faz tudo certo e que não sofre com arrependimentos e com os “e ses” e que vive a sonhar com maneiras mágicas de fazer tudo entrar nos eixos. Estou convencido de que não tenho as respostas e estou certo de que se alguém as tem deve estar tão louco quanto Darwin ao não querer apresentar sua teoria para o mundo(http://pt.wikipedia.org/wiki/Charles_Darwin).

Mesmo assim eu quero propor algo, ou melhor, quero sugerir uma pequena mudança no modo como falamos/pensamos a sociedade.

Já ouvi e falei um milhão de vezes: “A sociedade produz monstros com os quais não consegue lidar”, “As pessoas não se respeitam”, “Eles se comportam como animais no trânsito”.

O que proponho é algo simples e que apesar de simples desde que o adotei já perdi algumas noites de sono.

A mudança é dizer “nós”. Afinal de contas “nós” somos a sociedade e “nós” podemos ser as “pessoas” ou os “eles” para alguém.

Portanto: “Nós produzimos monstros com os quais não sabemos lidar”, “Nós não nos respeitamos” e “Nós nos comportamos como animais no trânsito”.

Somos todos produtos da sociedade e são as condições materiais deste mundo, que irão moldar nossa consciência, que irão influenciar as nossas ações e o nosso julgamento diante de um fato ou acontecimento. 

Porém, somos também produtores e parte ativa desta mesma sociedade. Influenciamos o comportamento dos outros à nossa volta e a nossa forma de julgar o outro irá influenciar o julgamento dos demais. Nós podemos simplesmente reproduzir algo, quando repetimos um discurso que já ouvimos um milhão de vezes sem nos questionar sobre o que ele significa, ou podemos produzir algo novo quando questionamos, nos indignamos, ou alteramos algo com o qual não concordamos. 

A responsabilidade pela mudança reside em nós mesmos e esta é nossa benção e nossa maldição.
Nós somos a sociedade. Nós somos o povo, nós fazemos parte desse mundo e somente nós podemos mudá-lo.

A estrada é longa, o caminho é deserto e o lobo mau se esconde aqui por perto. É, não é uma caminhada fácil, mas como diz Seth Godin em palestra feita no TED, “o que os seres humanos fazem é alterar o status quo” e este é um tempo de enormes mudanças. (http://www.ted.com/talks/seth_godin_on_the_tribes_we_lead.html)




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